RAUSCHENBERG E A POP ART
por Jean Sartief, Sânzia Pinheiro e Marcelo Gandhi
Na segunda feira, 12 de maio, morreu em Captiva Island, Flórida, aos 82 anos, o pintor americano Robert Rauschenberg, um dos principais representantes da Pop Art e considerado um dos artistas mais influentes do século 20. Foi o primeiro artista americano a ganhar o grande prêmio da bienal de Veneza, na Itália.
A importância de Rauschenberg está no fato de ter criado a transição entre o expressionismo abstrato, de ícones como Willem de Kooning, Philip Guston e Jackson Polloock, que floresceu em Nova York, na década de 40 e a Pop Art, que teve como expoentes outros célebres artistas, como: Andy Warhol, Richard Hamilton e Roy Lichtenstein.
Rauschenberg foi um dos primeiros a utilizar nos anos 50, elementos comuns diversos à tinta na confecção da pintura, como colagens de garrafas de coca-cola, embalagens, produtos industrializados, que batizou como combine painting, ou Pinturas Combinadas, sendo estes precursores do Pop Art.
O termo Pop Art é utilizado pela primeira vez em 1954 pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos. Assim, no final da década de 1950, quando alguns artistas do Reino Unido, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras. Nascia a Pop Art, como movimento que recusa a separação arte/vida. Para Richard Hamilton os princípios da nova sensibilidade artística são o popular, o transitório, consumível, de baixo custo, produzido em massa, jovem, espirituosa, sexy, chamativa, glamourosa e um grande negócio.
Sua força foi tanta que hoje inspira uma infinidade de correntes, uma vez que tem sua iconografia inspirada na televisão, fotografia, quadrinhos, cinema e publicidade. Envolve a utilização de imagens já existentes na cultura de massa já transformada em duas dimensões, de preferência tomado da publicidade, fotografia, quadrinhos, cinema e imagens televisivas. É uma oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra.
A Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo da cultura popular nos quais se inspirava e contraditoriamente, em virtude da nossa exagerada sociedade, induziu o aumento da aquisição de alguns produtos, como no caso das sopas Campbell, ícone projetado por Warhol que também realizou suas críticas à sociedade de consumo com a concepção da produção mecânica em série, como os retratos mundialmente conhecidos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe.
A Pop Art também possibilita a redefinição de conceitos como a introdução do kitsch, anteriormente considerado fora do limite das belas artes.
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Segue até 01 de junho, em São Paulo, a exposição "Nano, Poética de um Mundo Novo", sobre o universo da nanotecnologia. Mais: http://www.faap.br/museu/
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A Cité Internationale Universitaire de Paris oferece a possibilidade a artistas estrangeiros residir em Paris por um período de 3 a 12 meses, a partir de outubro de 2008. Mais:www.ciup.fr/residence_artistes.htm
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O Banco do Brasil recebe inscrições de projetos para a programação cultural de 2009 dos centros culturais do banco nos estados do RJ, SP e DF, e para o Programa Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante, que vai levar diversas expressões artísticas às principais capitais brasileiras. Mais: www.bb.com.br/cultura
Publicado 27 de maio de 2008
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