27/11/2008

ARTE E ECOLOGIA NOS 60 ANOS DO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO


O Museu de Arte Moderna de São Paulo promove, na Oca, “Frans Krajcberg: Natura”, com entrada franca. Na mostra, o artista brasileiro precursor da arte ecológica no Brasil retoma as premissas propostas no Manifesto do Rio Negro, que foi lido na abertura pela atriz Christiane Torloni, em cerca de 65 esculturas e 40 fotografias feitas e selecionadas por ele.



Krajcberg é o artista convidado para a celebração dos 60 anos do MAM-SP. No Manifesto, firmado em parceria com Pierre Restany e Sepp Baendereck em 1978, são lançadas as bases conceituais para uma nova consciência ambiental e existencial, denominada de naturalismo. A idéia é que a arte, assim como a visão ambiental do ser humano, seja destituída da busca pelo poder, em qualquer âmbito que isso possa ser encontrado (social, político, religioso), para encontrar uma nova sensibilidade aguçada, livre de julgamentos e diretamente ligada à limpeza e prontidão da percepção.





No dia 29 de novembro, sábado, acontece a mesa-redonda “Desafios atuais da arte e ecologia” dentro das comemorações dos seus 60 anos. Homenageando Frans Krajcberg, que estará presente para debater temas referentes à preservação ambiental e à sustentabilidade, o encontro traz ainda o ativista e consultor Fabio Feldmann e a artista plástica Floriana Breyer, sob a mediação do curador do MAM-SP, Felipe Chaimovich.


O evento visa a fomentar o debate sobre a capacidade de as manifestações de cultura contemporânea mobilizarem a sociedade em relação aos problemas ecológicos prementes. A mesa-redonda ocorrerá dentro do espaço expositivo da mostra “Frans Krajcberg: Natura”, na qual o artista tematiza as queimadas no Brasil, com especial atenção à devastação da Amazônia. Assim, haverá uma ênfase na relação entre arte contemporânea e ecologia.

Nenhum comentário: